Você chega em casa depois de um ano no exterior. Você espera que sua família te receba, mas a casa está vazia. Algo não está certo. Onde estão todos?
Entramos no mês de junho, o mês do Orgulho LGBTQI+ e por esse motivo, durante esse mês vou trazer para vocês jogos que não apenas abordam o tema, mas também fazem a gente viver, mesmo que por alguns momentos, neste meio. São jogos que não apenas mostram algum lgbt, mas retratam vivências e fazem a gente entender como é. Se colocando no lugar e controlando o personagem em alguns momentos delicados e outros legais.
Gone Home é um jogo de mistério e exploração, onde você precisa descobrir o que aconteceu com a sua irmã enquanto estava fora.
É preciso investigar toda a casa, explorar cada detalhe, para descobrir o que houve em sua ausência. Para encontrar pistas, o jogador deve abrir gavetas, ouvir fitas VHS para lembrar da família, ver fotos antigas e ler cartas deixadas pela irmã pela casa.
Gone Home não é um jogo horror
Apesar de muitas vezes você ficar preso num clima tenso onde parece que a qualquer momento algo vai te assustar, isso não acontece. O game se baseia no envolvimento do jogador com a trama e no que ela vai significar ao longo do caminho. Por isso não há quebra-cabeças, combates ou qualquer outro elemento que vai além da simples exploração e interpretação.
Mas por que jogar?
A história de Gone Home é muito boa, você acaba descobrindo coisas sobre o passado da família inteira, como uma quase traição da mãe com um amigo do trabalho, o abuso sofrido durante a infância de seu pai e que sua irmã é lésbica e seus pais não aprovam isso. Apesar de não ser um jogo que contém puzzles, a investigação e exploração pela casa são necessárias. Para prosseguir com a história e chegar até o fim, é necessário explorar para encontrar pistas, senhas e desvendar onde estão as passagens e cartas secretas de Sam, sua irmã.
Mas o que aconteceu com a Sam? Por que ela não esta em casa te esperando? Alguém fez algo com ela?
Durante a gameplay tem toda uma sensação meio dark, meio tensa, parece que a qualquer momento um serial killer vai surgir, mas na realidade é só um clima tenso mesmo e que te faz investigar a fundo todos os cantos da casa em busca por bilhetes e fitas.
E é por essas pequenas pistas que você acaba se envolvendo na história da irmã, que se descobre lésbica e se apaixona pela amiga. As duas vivem um romance escondido e ao ler as cartinhas sobre o relacionamento você fica imerso naquilo querendo saber o que houve e se esta tudo bem.
O jogo é cheio de detalhes dos anos 90, como bandas punk rock, grunge, e ainda vivendo aquela época em que começava a se falar sobre a comunidade lgbt. Então era uma coisa meio fora da curva ainda, o que nos faz ver como a irmã estava se sentindo fora do ambiente e tinha que manter esse segredo, infelizmente.
O Final de Gone Home
O final desse jogo, é surpreendente, mas dessa vez eu não vou contar o que acontece pois quero que descubram. Mas fica ai uma perguntinha para provocar a curiosidade de vocês: O que será que aconteceu com a Samantha? Ela esta viva? Ta bem? Por que ela sumiu? Teve um final feliz com a namorada dela? Lonnie e Sam ficaram juntas?
Descubra jogando ou, se for do seu interesse, tem uma playlist completinha aqui no canal em que eu joguei o game até o final, então clica ao lado e divirta-se.